O iotop é uma ferramenta simples para monitorar as taxas leitura/escrita (iops) no disco rígido, baseado no estilo do aplicativo top. O iotop é escrito em Python e requer um kernel superior 2.6.19 para exibir os dados do uso atual de leitura/escrita por processo no sistema. Numa situação hipotética, você poderia usar o iotop para diagnosticar o uso excessivo do disco; oriundo de algum processo/thread do sistema.
Esta ferramenta se torna muito útil porque uma análise manual se tornaria inviável, devido ao alto número de processos em execução no sistema. Com alguns parâmetros, o uso do iotop pode aprimorar seu diagnóstico.
RECOMENDO QUE LEIA
PRÉ-REQUISITOS
Python 2.4 ou superior
INSTALAÇÃO
Em distros derivadas do Debian, como Ubuntu e Linux Mint:
Em distros derivadas do RedHat, como Fedora e CentOS:
EM EXECUÇÃO
Para uma simples coleta de dados, basta executar o comando abaixo com privilégios de root:
Contudo, apenas exibirá uma amostra do dados no exato momento em que o aplicativo foi executado. Para obter resultados mais consistentes é preciso executar a ferramenta por tempo maior, como 1 dia, 1 semana ou o tempo que acha necessário.
Para realizar esta tarefa, é preciso agendar a execução do iotop no cron do sistema (recurso dos sistemas Linux que permite o agendamento da execução de determinados comandos).
Por exemplo:
Onde, os parâmetros acima representam:
- o – somente processos que estão fazendo consumo de operações de entrada e saída;
- p – somente processos, pois por padrão o iotop mostra threads também;
- a – exibe o consumo de IO acumulado desde quando o iotop foi iniciado;
- k – exibe em unidade Kb;
- qqq – oculta algumas informações de entrada/saída;
- iter – número de iterações;
Para adicionar este comando ao cron do Linux, crie um arquivo chamado iotop no diretório /etc/cron.d/:
E adicione a este arquivo o contéudo abaixo:
Pronto! Agora o iotop será executado a cada minuto por todo tempo (até você abortar esta operação removendo o arquivo /etc/cron.d/iotop). E tudo será registrado no arquivo /var/log/iotop. Para visualizar, basta abrir o arquivo com o comando: