Ainda é escasso e primitivo o processo de uso dessas aplicações no Linux, mas é possível…. Existe um projeto, criado há 5 anos, que desenvolveu uma aplicação, chamada Darling, que cria uma camada “tradução” que permite execução de aplicações do sistema da Apple no Linux. Entretanto, as coisas parecem estar mudando… o criador do projeto, Luboš Doležel, anunciou que mais desenvolvedores se juntaram a equipe, permitindo um processo de desenvolvimento mais eficaz. Ou seja, a possibilidade de executar aplicações do MacOS, no Linux, está ficando mais concreta e real!
Todo usuário Linux, iniciante ou não, já pensou ou precisou usar alguma aplicação do Windows no Linux. E, consequentemente, acabou usando o Wine – aplicativo que permite rodar aplicativos nativos do Windows em outros sistemas operacionais, incluindo o Linux. Além disso, com o lançamento da nova versão, o Wine consegue executar aplicações Windows na plataforma 64 bits do MacOS, também.
Até mesmo, um terminal Linux pode ser inicializado no Windows “nativamente”. Onde, aplicações de terminal, do Linux, podem ser executadas no Windows sem o uso de virtualização ou softwares que “emulam” o Linux no Windows; como o Cygwin.
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Mas, e as aplicações do MacOS no Linux?! É possível executá-las?! Em 2012 nasceu um projeto chamado Darling, com o intuito de portar programas do MacOS para o Linux. Um projeto interessante… mas, há 5 anos que não se ouvia falar dele :/ Contudo, as coisas parecem estar mudando 😉
Executar aplicações do MacOs no Linux
Mesmo o Darwin (sistema operacional livre desenvolvido pela Apple e núcleo do MacOS) sendo baseado no UNIX, BSD e no Mach, a “compatibilidade” com a arquitetura Linux não é tão simples. O que existe de “mais próximo” para permitir executar aplicações do MacOs no Linux é o projeto Darling – Combinação de “Darwin” e “Linux” Inclusive, podendo superar e usando como base alguns projetos iniciais, bem como o GNUStep que implementou boa parte das bibliotecas do Mac OS X existentes.
O criador do projeto, Luboš Doležel, anunciou recentemente (blog oficial) que mais desenvolvedores se juntaram a equipe de desenvolvimento, permitindo uma consistência maior ao projeto:
“Darling is no longer a one man show. Two skilled engineers — Sergey and Andrew — have joined in and have already greatly contributed.”
De acordo com o anúncio, o criador do Darling alerta que o projeto começou e não teve como engrenar, pois ele era o único mantenedor do mesmo. Agora, as perspectivas são boas para que aplicações do MacOS possam ser executadas no Linux.
Entretanto, vamos com calma… existem ressalvas (por enquanto). O foco da equipe é criar uma base sólida para o projeto. Então, para os mais apressados, o Darling ainda não permite execução de aplicações gráficas (GUI) no Linux; somente via console – vide Project Status.
Mas, existem boas possibilidades para que aplicações gráficas possam ser executadas, em breve, no Linux. Um dos membros integrantes do projeto está experimentando aplicações GUI, conectando todas as camadas necessárias, e anda progredindo muito nesta área; afirma Luboš Doležel. Em resumo, os aplicativos gráficos são um objetivo a longo prazo, por isso só é possível, atualmente, usar o Darling com aplicativos de console; por exemplo OS X Bash:
“Console applications are not the primary goal, but are the means to an end.”
Mas, parece que antes do final do ano, será possível encontrar uma solução real que pode permitir instalar aplicações gráficas MacOS no Linux, como o famoso iTunes ou Apple iBooks, entre muitas outras aplicações MacOS.
Por fim, para mais detalhes sobre este projeto pode ser encontrado no site oficial do projeto,
Considerações
Desde da sua criação, o projeto Darling evoluiu bastante. Depois do anúncio de novas funcionalidades, o projeto tende a crescer cada vez mais!
Como dito, e informado no próprio site oficial, o Darling, ainda, não permite execução de aplicações gráficas no Linux. Mas, já possui uma base sólida que permitirá isso em breve. Atualmente, tarefas via linha de comando, como compilação de programas para o Mac OS X usando o Linux (cross-compiling), são possíveis; e já existem casos relatados sobre isso.
Sendo assim, todo projeto é válido. E um projeto como esse poderá, no futuro, aumentar o número de usuários do pinguim. Imagine, ser possível executar aplicações Windows, aplicações Android e aplicações MacOS no Linux?! Em partes já é… para programas Windows temos o Wine. Para programas Android, existe o shashlik e para MacOS, agora, temos o Darling 😉
Via | LinuxAdictos