Diferentes métodos estão disponíveis para manter um ciclo de atualização de uma distribuição Linux. Algumas distribuições são “atualizadas” conforme o desenvolvimento da mesma; e outras possuem um período “fixo” para liberar a sua “atualização”. Falo dos modelos Rolling Release ou Fixed Release, respectivamente. Pelo menos um desses dois modelos você está usando agora 😉
Contextualizando
Diante de tudo que mantém funcionando os sistemas Linux, uma das coisas que mais me chama atenção é a maneira como as distribuições Linux são atualizadas e mantêm seu ciclo de desenvolvimento. Existem 2 tipos de métodos de atualizações das distribuições Linux que são o foco desse artigo. Ambas com seus prós e contras; e cada uma com suas peculiaridades que podem ou não atender as suas necessidades.
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Falo dos modelos, de atualização de versões, Linux Rolling Release e Fixed Release. A diferença conceitual entre eles é clara e simples. Uma distribuição Fixed Release, como Fedora, Linux Mint ou Ubuntu, divulga novos lançamentos importantes em intervalos regulares (“Fixed”). O intervalo varia de distribuição para distribuição, mas a maioria, normalmente, libera atualizações de versões semestralmente.
Por outro lado, para distribuições Rolling Release, todas as atualizações, feitas pela equipe mantenedora da distribuição, são passadas continuamente, sem levar em conta qualquer tipo inconsistência pontual que possa surgir. É claro que leva tempo para integrar, testar e lançar atualizações; e as atualizações maiores levam mais tempo ainda para serem liberadas do que as menores. Mas, todas elas são liberadas, praticamente, quando estão prontas. Inclusive, as principais novas versões do kernel. O Arch Linux é uma distro bem conhecida que trabalha com esse modelo de atualização.
Rolling Release ou Fixed Release?
No modelo Fixed Release, os aplicativos e pacotes são desenvolvidos durante o intervalo de atualizações de versão – normalmente, semestralmente. Por exemplo, as atualizações existentes entre o Ubuntu 16.04 “Xenial Xerus” e o Ubuntu 16.10 “Yakkety Yak” serão notadas somente com o uso da versão mais recente.
E isto, pode ser visto como vantagem… já que no caso de distribuições Fixed Release, as atualizações e os recursos são completamente testados antes de serem liberados numa nova versão. Assim, a maioria das distribuições Linux Desktops são baseadas em ciclos de atualização regulares (Fixed Release).
Um ponto de preocupação para as distribuições Fixed Release é que bugs e vulnerabilidades, não descobertos durante a fase de testes, podem ser usados para comprometer a segurança enquanto um patch de segurança não for lançado. Contudo, as distribuições Fixed Release, na maioria das vezes, são mais estáveis do que as Rolling Release; uma vez que os pacotes e recursos que causam problemas são descobertos e reparados durante a fase de teste.
Então, se você deseja ter certeza de que os pacotes oferecidos no sistema Linux são seguros e mais estáveis; e fica satisfeito em aguardar o lançamento de uma nova versão (como novos recursos ) para poder usufruir de melhorias; uma distribuição distribuições Linux Fixed Release pode servir para você 😉
Exemplos de distribuições Fixed Rolling Release são Ubuntu, Fedora, Debian e openSUSE Leap.
Uma distribuição Linux Rolling Release recebe novos aplicativos e recursos assim que saem da fase de desenvolvimento/testes. Para ambientes críticos, com baixa aceitação de riscos, talvez isso seja arriscado demais. Já que esses pacotes serão “testados”, praticamente, em produção, pelo usuário do sistema.
A vantagem das distribuições Linux Rolling Release é, obviamente, que os usuários obtêm novas versões assim que os aplicativos são lançados. Inclusive, com a máxima de que você instala o sistema operacional apenas uma vez e ele é atualizado continuamente. Contudo, os principais “bugs” podem aparecer no sistema que adotar esse modelo. Assim, entre as vantagens de ter tudo mais recente e o risco de encontrar “bugs desconhecidos”, e comprometer a estabilidade do sistema, o modelo Rolling Release só deve ser implementado por um usuário que conheça bem o sistema e os pacotes a serem atualizados. Ou para seu próprio uso ou para situações que exigem melhorias constantes.
Mesmo assim, em caso de falhas de determinado pacote, diferentemente do modelo Fixed Release, a próxima atualização já poderá “consertar” esse erro. No modelo Fixed Release, apenas patches de segurança podem reverter a falha ou problema.
Então, se você faz questão ou precisa que os softwares e recursos sejam os mais recentes possíveis, sem se importar em, antes de atualizar, pesquisar o que está sendo atualizado e o que pode afetar seu sistema; uma distribuição distribuições Linux Rolling Release pode servir para você 😉
Exemplos de distribuições Linux Rolling Release são Arch Linux, Manjaro, Gentoo, Funtoo e openSUSE Tumbleweed.
Por que resolvi trocar o Ubuntu LTS pelo OpenSUSE Tumbleweed?
uso Tumbleweed em casa faz muito tempo, nunca tive problema nenhum, e uso também Ubuntu que também é ótimo, apesar dos bugs infantis que aparecem.
O ideal seria o semi-rolling release, em que se tem uma base solida e estável, e que os programas (pelo menos a maioria ) estejam na última versão
Eu
prefiro as Rolling, apesar de ter atualizações contantes, são em
tamanhos menores que as Fixed, já aconteceu do Ubuntu quebrar quando
atualizei a versão, por isso fui pro Arch.
Alias acho que o Debian também tem como deixar Rolling, se tu usar a versão “Instável” do sistema.