A Canonical, através do próprio Mark Shuttleworth (fundador do Ubuntu e da Canonical), anunciou o encerramento do desenvolvimento do ambiente de desktop Unity 8 e o retorno ao desktop GNOME na versão Ubuntu 18.04, antecipada para a versão 17.10.
Além disso, encerrou o projeto do Ubuntu Phone. Consequentemente, outros desenvolvimentos atrelados a eles poderão acabar ou diminuir investimento. Por exemplo o servidor gráfico Mir – alternativa ao XOrg e ao Wayland – criado para o Ubuntu.
Sendo assim, resolvi fazer uma linha do tempo com os destaques do ambiente Desktop do Ubuntu desde da primeira versão lançada, 4.10, até a 17.04, última versão com a interface Unity disponível por padrão.
Contextualizando
No dia 5 de abril, a Canonical, através do próprio Mark Shuttleworth (fundador do Ubuntu e da Canonical), que eles estão encerrando o desenvolvimento do ambiente de desktop Unity 8 e retornando ao desktop GNOME na versão Ubuntu 18.04. Isso foi um marco na história do Desktop Ubuntu, inclusive mexeu com toda a comunidade Linux em geral.
O Ubuntu sempre esteve na vanguarda do ambiente Desktop Linux. Criada por um milionário africano, começou a divulgar o ambiente desktop Linux de uma maneira como nunca existiu antes. Por exemplo, entregava mídias inicializáveis (CDs) para as pessoas ao redor do mundo que desejavam “experimentar” e conhecer o projeto “Ubuntu” (conceito sulafricano para “humanidade com os outros”). Numa época (2004) onde já existiam diversas distribuições Linux existentes, o Ubuntu se tornou sinônimo de “o sistema Linux para uso em computador pessoal”.
Além disso, criou uma interface, com base no ambiente GNOME, que dividiu opiniões e gostos. A Unity “estreou” na versão para netbook do Ubuntu 10.10 e foi desenhado inicialmente para fazer um uso mais eficiente do espaço das telas limitadas dos netbooks, porém devido ao sucesso tornou-se a interface padrão do Ubuntu 11.04 que também incluía ainda o GNOME como opção. A partir da versão 11.10 do Ubuntu, o Unity passou a ser a única interface padrão:
Além de uma interface “própria” e exclusiva, a Canonical mantém (ou mantinha) outros projetos em paralelos para manter um projeto que foca na fluidez e flexibilidade para executar tanto em ambientes desktop como mobile. O projeto “Unity 8” surgiu para permitir a convergência de ambientes desktop e mobile – o mesmo desenvolvimento e recursos criados executarem em ambos ambientes.
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O servidor gráfico Mir e o daemon init upstart são exemplos de projetos que foram criados pela Canonical. Para alguns, desnecessário já que existiam projetos equivalentes criados e mantidos pela comunidade, como Xorg, Wayland e systemd.
Atualmente, no meio das tecnologias de Cloud e IoT, a Canonical tende a mudar o foco. De fato, no anúncio oficial, a Canonical reavaliou suas iniciativas e decidiu encerrar o investimento na interface Unity 8, com foco na convergência. E retornar como ambiente Desktop, padrão, para o GNOME na versão Ubuntu 18.04 LTS (antecipando para o Ubuntu 17.10 com servidor gráfico Wayland ao invés do Mir).
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Evolução histórica do Ubuntu Destkop
Derivada da distribuição Debian, o Ubuntu foi criado e é mantido pela Canonical, empresa fundada pelo sulafrican Mark Shuttleworth, para se tornar referência no Ambiente Desktop Linux.
O Ubuntu diferencia-se do Debian por ter versões lançadas semestralmente, por disponibilizar suporte técnico nos 9 meses seguintes ao lançamento de cada versão. Nas versões LTS – Long Term Support – recebem 5 anos de suporte, e pela filosofia em torno de sua concepção. Além claro, do projetos “exclusivos” criados pela Canonical – Unity, Mir e upstart.
Assim, vejamos uma evolução história do Ubuntu Destkop desde da primeira versão até a versão lançada no momento do anúncio sobre o encerramento do desenvolvimento do ambiente de desktop Unity 8 e projetos correlatos.
Ubuntu 4.10 “Warty Warthog”
A primeira versão do Ubuntu (20 de outubro de 2004), veio com kernel 2.6.8, ambiente GNOME 2.8, Firefox 0.9, Evolution 2.0 e OpenOffice.org 1.1.2 e XFree86 4.3 (projeto base ao servidor gráfico Xorg)
“Warty can be installed in a minimalist mode for servers, or in full desktop mode. It works well on laptops and desktops. Warty is secure by design – a key goal was to ensure that Warty was as safe from attack over the internet as possible after a default install.”
– Anúncio Oficial de Lançamento
E nesse primeiro lançamento, ficou claro a proposta do Ubuntu – disseminar o ambiente Dekstop para o mundo; pois já oferecia a distribuição gratuita de mídias inicializáveis (CD’s) para quem desejasse e divulgava um calendário para a próxima versão (Ubuntu 5.04 “Hedgehog Hoary”). Isso dava uma aparência de robustez e solidez ao recém lançado “projeto Ubuntu”.
Ubuntu 5.04 “Hoary Hedgehog”
Lançada em 8 de abril de 2005, a versão 5.04 veio com kernel 2.6.10, ambiente GNOME 2.10.1, Firefox 1.0.2, Evolution 2.2.1.1, OpenOffice.org 1.1.3 e X.org 6.8.2 – release oficial de lançamento.
Para “entregar algo novo”, essa versão foi a primeira a disponibilizar o modo LiveCD para todas as arquiteturas da época (x86, AMD64 e PPC). Além disso, ofereceu atualizações de segurança, sem custo, por 18 meses.
Ubuntu 5.10 “Breezy Badger”
Lançada em 13 de outubro de 2005, a versão 5.10 veio com kernel 2.6.12 (com muitos drivers atualizados de terceiros), ambiente GNOME 2.12 (com menus editáveis), OpenOffice.org 2.0 beta 2 e X.org 6.8.2 – release oficial de lançamento.
Esta versão, trouxe uma ferramenta gráfica aprimorada para instalar facilmente novas aplicações. Além disso, veio com um processo gráfico de inicialização com barra de progresso (famoso “USplash”).
Ubuntu 6.06 LTS “Dapper Drake”
O quarto lançamento da Canonical, o Ubuntu 6.06 foi liberado oficialmente em 1 de Junho de 2006 e foi a primeira versão com suporte a longo prazo (LTS) e suporte técnico comercial. O Ubuntu 6.06 foi lançado atrasado, tendo sido planejado para a versão 6.04 – em vez de abril ficou para junho de 2006. Inicialmente, essa versão LTS veio com suporte prolongado de 3 anos para desktop e 5 anos para servidor. Isso veio a mudar na versão 12.04 LTS, onde os tempos se igualaram.
A versão 6.06 veio com kernel 2.6.15, OpenOffice.org 2.0.2 e X.org 7.0 – release oficial de lançamento.
Essa versão incluiu vários novos recursos, bem como: um instalador gráfico no Live CD (Ubiquity), o Usplash no desligamento e a inicialização, um gerenciador de rede para fácil troca de várias conexões sem fio e instalador gráfico GDebi para arquivos de pacote.
Ubuntu 6.10 “Edgy Eft”
Lançada em 26 de outubro de 2006, a versão 6.10 veio com kernel 2.6.17, ambiente GNOME 2.16, Evolution 2.8.0 e diversos softwares inclusos, como o Tomboy (aplicação de nota) e F-Spot (gerenciador de fotos).
Essa versão adicionou vários novos recursos, incluindo o daemon de inicialização do Upstart (em substituição ao sysvinit), relatórios de falha automatizados (Apport). E o EasyUbuntu, um programa de terceiros projetado para tornar o Ubuntu mais fácil de usar.
Ubuntu 7.04 “Feisty Fawn”
Lançada em 19 de abril de 2007, a versão 7.04 veio com kernel 2.6.20, ambiente GNOME 2.18, OpenOffice.org 2.2.0 e X.org 7.2
Essa versão adicionou alguns recursos, como: um assistente de migração para ajudar a transição dos usuários do Windows para o Ubuntu, suporte para a máquina virtual baseada em kernel, codec assistido e instalação de drivers restritos incluindo Adobe Flash, Java, MP3, facilidade de instalação do Nvidia e ATI drivers, Compiz de efeitos desktop, suporte para WiFi Protected Access, compartilhamento fácil de rede com o Avahi, GNOME Control Center e Zeroconf suporte para muitos dispositivos.
Ubuntu 7.10 “Gutsy Gibbon”
Lançada em 18 de outubro de 2007, a sétima versão do Ubuntu veio com kernel 2.6.22.
Além disso, alguns novos recursos. Entre eles, a estrutura de segurança AppArmor, uma ferramenta de configuração gráfica para o X.Org, suporte completo para o sistema de arquivos NTFS Write via NTFS-3G. O Compiz Fusion foi ativado como padrão nessa versão e gerenciador de login LDM.
Ubuntu 8.04 LTS “Hardy Heron”
Lançada em 24 de abril de 2008, essa versão veio com kernel 2.6.24, GNOME 2.22 e Xorg 7.3 – release completa.
Além de ser o segundo lançamento com suporte prolongado (LTS), essa versão incluiu diversos recursos, entre eles os softwares de gravação de disco Brasero, cliente BitTorrent Transmission, cliente Vinagre VNC e servidor áudio PulseAudio.
O Ubuntu 8.04 foi a primeira versão do Ubuntu a incluir o instalador Wubi no Live CD que permite que o Ubuntu seja instalado como um único arquivo em um disco rígido Windows sem a necessidade de reparticionar o disco. E incluiu o software de regras de firewall ufw (Uncomplicated Firewall).
Ubuntu 8.10 “Intrepid Ibex”
Lançada em 30 de outubro de 2008, essa versão veio com kernel 2.6.27, GNOME 2.24 e Xorg 7.4.
Essa versão, como de costume, trouxe algumas novidades: o Ubuntu Live USB e o suporte ao Guest Session (conta de convidado) que executa e salva tudo em memória RAM, permitindo que outras pessoas possam usar o computador com privilégios de usuário muito limitado. Além disso, também incluiu um diretório privado criptografado para os usuários e a inclusão do Dynamic Kernel Module Support (DKMS) – o recurso que permite ter os módulos automaticamente reconstruídos quando uma nova versão do kernel é instalada 😉
Ubuntu 9.04 “Jaunty Jackalope”
Lançada em 23 de abril de 2009, essa versão veio com kernel 2.6.28, GNOME 2.26 e Xorg 7.4.
Incluiu alguns recurso, tais como: uma nova tela de Usplash, uma nova tela de login e também suporte para Wacom (hotplugging) e netbooks. Ele também incluiu um novo sistema de notificação, o Notify OSD. Ele marcou a primeira vez que todo o desenvolvimento central do Ubuntu mudou para o Bazaar – sistema de controle de revisão distribuído. Também foi a primeira versão a suportar a arquitetura ARM com suporte nativo para ARMv5EL e ARMv6EL-VFP. E inclui suporte, não como padrão, ao sistema de arquivos EXT4.
Ubuntu 9.10 “Karmic Koala”
Lançada em 29 de outubro de 2009, essa versão veio com kernel 2.6.31, GNOME 2.28 e Xorg 7.4.
O Ubuntu 9.10 também inclui a integração do ‘Ubuntu One‘ como um componente padrão do desktop. Ubuntu One foi uma ferramenta criada para backup, sincronização e compartilhamento de arquivos com um conjunto expandido de recursos, incluindo Tomboy Notes e Sincronização de contatos.
Essa versão foi a primeira a entrar o meio da computação em nuvem. Focou em melhorias, em ambiente servidor, usando Eucalyptus. Além disso, possuía imagens prontas para as principais infraestruturas Cloud, bem coomo Amazon’s EC2.
Outras melhorias, incluíram um desempenho muito melhor nos chipsets gráficos da Intel. Mudança do USplash pelo XSplash – mudanças na tela do progresso de boot. Sistema de arquivos padrão, no momento da instalação, passou a ser o EXT4. Substituição do software Pidgin pelo Empathy como seu cliente de mensagens instantâneas (IM), padrão. Introduziu o Grub 2 beta como bootloader padrão. “Estreou” um novo aplicativo chamado Ubuntu Software Center que unifica o gerenciamento de pacotes.
Ubuntu 10.04 LTS “Lucid Lynx”
Lançado em 29 de abril de 2010, essa versão veio com kernel 2.6.32, GNOME 2.30 e Xorg 7.5.
Entre as novidades, da terceira versão LTS lançada, destaque para o suporte aprimorado para drivers proprietários gráficos da Nvidia, através do projeto open source Nouveau. O Plymouth também foi introduzido permitindo animações de boot. GIMP foi removido do CD de instalação devido a seu tamanho de arquivo e não ser um software para usuários iniciantes. O F-Spot se manteve, pois fornecia funções básicas para edição de gráficos anível do usuário. Mas, o GIMP permaneceu disponível para download nos repositórios.
Na aparência, foi apresentado um novo tema (em substituição ao “Human” de cor marrom) para o tema padrão “Light” e a mudança de posição dos ícones de controle de janelas (minimizar, maximizar e fechar) para à esquerda e na ordem “fechar, minimizar e maximizar”.
Ubuntu 10.10 “Maverick Meerkat”
Lançado em 10 de outubro de 2010, essa versão veio com kernel 2.6.35, GNOME 2.32 e Xorg 7.5.
Os objetivos dessa versão foram melhorar a experiência do netbook (grande uso na época) e foco em serviços de computação em nuvem híbrida. Novas funcionalidades incluíram a nova interface Unity para o Netbook Edition, um novo gerenciador de fotos padrão, Shotwell, substituindo o F-Spot e a capacidade de comprar aplicativos no Software Center.
Ubuntu 11.04 “Natty Narwhal”
Lançado em 28 de abril de 2011, essa versão veio com kernel 2.6.38, GNOME 2.32.1, Xorg 7.5 e o LibreOffice 3.3.2 foi usado, por padrão, em substituição ao OpenOffice.org.
O Ubuntu 11.04 veio com a interface de usuário do Unity, baseado no GNOME 2.x, em vez da GNOME 3 (Gnome Shell), como padrão. A mudança para a interface Unity foi controversa, já que alguns desenvolvedores do GNOME temiam que ela “dividisse” a comunidade e prejudicasse a popularidade do GNOME Shell. Contudo, o ambiente GNOME ainda esteve disponível no Ubuntu 11.04, como o título de “Ubuntu Classic”.
Além disso, o Ubuntu Netbook Edition foi fundido na edição desktop. Também, a partir dessa versão, a Canonical não mais distribuía, gratuitamente, CD’s para qualquer lugar do mundo. Encerrando um clico desde 2005 :/
Ubuntu 11.10 “Oneiric Ocelot”
Lançado em 13 de outubro de 2011, essa versão veio com kernel 3.0, GNOME 2.32.1 e Xorg 7.5.
Ao contrário do Ubuntu 11.04, o Ubuntu 11.10 foi o primeiro a não incluir mais o desktop clássico do GNOME (“Ubuntu Classic”) como opção e adotar de vez a interface Unity como padrão. No entanto, o desktop clássico do GNOME permaneceu disponível no Ubuntu 11.10 através de um pacote nos repositórios do Ubuntu. Em contrapartida, o 11.10 incluiu uma versão 2D do Unity como um ‘fallback’ para computadores que não possuíam recursos de hardware para a versão 3D baseada em Compiz.
Além disso, o Unity, no Ubuntu 11.10, seria executado como um shell para o GNOME 3 em cima das bibliotecas dessa versão do GNOME, ao contrário do Ubuntu 11.04, onde ele funcionava como um shell para o GNOME 2.
Algumas mudanças incluem a remoção do gerenciador de pacotes Synaptic, que pôde opcionalmente ser instalado via Ubuntu Software Center. Déjà Dup foi adicionado como programa de backup do Ubuntu. O Mozilla Thunderbird substituiu o cliente de e-mail Evolution. Todos os aplicativos removidos permaneceram disponíveis para os usuários para instalação via Ubuntu Software Center e/ou repositórios.
Ubuntu 12.04 LTS “Precise Pangolin”
Lançado em 26 de abril de 2012, essa versão veio com kernel 3.2 e GNOME 3.4.2.
No quarto lançamento de uma versão LTS, o Ubuntu 12.04 trouxe alguns aprimoramentos para a interface Unity. Incorporou um novo recurso de exibição de head-up (HUD) que permite que a tecla de atalho procure itens do menu de aplicativos do teclado, sem precisar do mouse.
Foi uma época onde a interface Unity estava começando a sua adesão mais forte 😉
Ubuntu 12.10 “Quantal Quetzal”
Lançado em 18 de outubro de 2012, essa versão veio com kernel 3.5 (PAE ativado, por padrão) e GNOME 3.6.
A interface Unity passou a realizar, no Dash, buscas por termos pesquisados em servidores da Amazon. Este movimento causou controvérsia imediata entre os usuários do Ubuntu, particularmente no que diz respeito a questões de privacidade, e fez Mark Shuttleworth emitir uma declaração indicando que este recurso não é adware.
Outras novidades inclusas foram a possibilidade de encriptação completa do disco, oferecida no momento da instalação e suporte ao Secure Boot (UEFI firmware).
Ubuntu 13.04 “Raring Ringtail”
Lançado em 25 de abril de 2013, essa versão veio com kernel 3.8 e Unity 7.
Nessa versão, o instalador Wubi foi abandonado, devido à sua incompatibilidade com o Windows 8, e falta geral de apoio e desenvolvimento.
O Unity 7 trouxe um monte de melhorias de desempenho, consumo de memória e pequenas correções para trazer uma melhor experiência geral para o usuário.
Ubuntu 13.10 “Saucy Salamander”
Lançado em 17 de outubro de 2013, essa versão veio com kernel 3.11 e Unity 7.
O Ubuntu 13.10 foi concebido para ser o primeiro Ubuntu a substituir o X11 pelo servidor gráfico Mir. No entanto, após o desenvolvimento do XMir aparaceram “dificuldades técnicas pendentes” para vários monitores; e a Canonical decidiu adiar o uso padrão do Mir no Ubuntu.
Na visão do Unity, surgiu um novo recurso chamado “Smart Scopes” – conjunto de funcionalidades inteligentes que conforme o que você digita no Dash do Unity apresentam informação diferente de fontes de informação diferentes consoante as suas preferências e consoante os dados que procura.
Ubuntu 14.04 LTS “Trusty Tahr”
Lançado em 17 de abril de 2014, essa versão veio com kernel 3.13, GNOME 3.10 e Unity 7.
Esta versão centrou-se na interface para tablet, especificamente para os tablets Nexus 7 e Nexus 10. Apresentação do projeto Ubuntu Touch e melhoramentos da interface Unity; visando a versão 8.
Outras funcionalidades foram a manutenção do Xorg e não do Mir ou XMir, novos aplicativos para dispositivos móveis, uma ferramenta de criação de disco USB Start-Up e suporte SSD TRIM, por padrão.
Ubuntu 14.10 “Utopic Unicorn”
Lançado em 23 de outubro de 2014, essa versão veio com kernel 3.16, GNOME 3.12 e Unity 7.3.
Esta versão conteve apenas pequenas atualizações para o kernel, Unity Desktop, e incluiu pacotes como LibreOffice e Mozilla Firefox e Thunderbird. O kernel foi atualizado para suporte de hardware (por exemplo, gráficos) e segurança. E marcou o fim do cliente do sistema de compartilhamento de arquivos Ubuntu One – anunciado em junho de 2014.
Ubuntu 15.04 “Vivid Vervet”
Lançado em 23 de abril de 2015, essa versão veio com kernel 3.19, GNOME 3.12 e Unity 7.3.
O Ubuntu 15.04 usou o daemon init systemd em vez de Upstart, por padrão. Além dessa mudança, não houveram grandes mudanças a nível de usuário. Provavelmente, porque nos “bastidores” a força tarefa estava sendo alocada para o projeto de “convergência” com o Unity 8 e servidor gráfico Mir.
Ubuntu 15.10 “Wily Werewolf”
Lançado em 22 de outubro de 2015, essa versão veio com kernel 4.2, GNOME 3.16 e Unity 7.3.
Como a anterior, poucas atualizações “visuais” existiram. “No máximo”, eliminou as barras de rolagem da borda de janela em favor das barras de rolagem do ambiente GNOME upstream. Projetado para economizar tempo de desenvolvimento na criação de patches e atualizações.
Ubuntu 16.04 LTS “Xenial Xerus”
Lançado em 21 de abril de 2016, essa versão veio com kernel 4.4, GNOME 3.18 e Unity 7.4.
Mesmo com todo o desenvolvimento em torno do Unity 8, a interface padrão continua sendo o Unity 7. Em maio de 2015, Mark Shuttleworth indicou que o Ubuntu 16.04 LTS incluiria o Unity 8 e o Mir; e que os usuários poderiam escolher entre o Unity 7 e o X.Org. Contudo, o Unity 8 veio somente como uma opção para 16.04, através de instalação via repositórios. Em relação ao Unity 7, cedendo a “muitas pressões” dos usuários, a barra lateral do Unity pôde ser colocada na parte inferior da tela, oficialmente 😉
Outras mudanças foram a mudança do Ubuntu Software Center pelo Gnome Software. Adesão ao projeto Snappy – advindo da plataforma cloud. Esse projeto permitiu o suporte aos pacotes snap – novo tipo de pacotes que permite instalar programas de maneira muito simples, sem ter de procurar as dependências. Além disso, buscas pelo Dash do Unity não são mais feitas em servidores da Amazon, por exemplo.
Dúvidas mais comuns sobre o Ubuntu 16.04 que talvez você ainda não tenha obtido respostas
Pacotes snap, do Ubuntu, podem se tornar formato universal para todas as distribuições Linux
Outra novidade foi o suporte do sistema de arquivos ZFS, criado originalmente pela Sun Microsystems para o sistema operacional Solaris. O ZFS permite uma grande capacidade de armazenamento, com volumes que podem chegar a 256 zebibytes (2 a 78 bytes), e uma maior integridade dos dados. Então ZFS tem um grande potencial em servidores e desktops.
Contudo, o ZFS tem muita controvérsia por trás do seu desenvolvimento. Pois, não está claro se a sua execução no Ubuntu e outros sistemas livres é legal; já que o ZFS nasceu como código fechado, então ele foi aberto, e foi finalmente adotou a licença CDDL que fere o uso junto com GPLv2 – adotada pelo kernel Linux.
Ubuntu 16.10 “Yakkety Yak”
Lançado em 13 de outubro de 2016, essa versão veio com kernel 4.8 e Unity 7.5.
Da mesma maneira como na versão 16.04, o Unity 7 vem por padrão e com o Unity 8 como opção. Mas, diferentemente da versão anterior, o Unity 8 já veio junto ao sistema e poderia ser mudado, para testes (recomendação), a cada início de sessão de login.
Ubuntu 16.10 liberado para download com Unity 8 disponível para testes e melhor integração com o snap
Ubuntu encerra suporte ao Unity 8 e retorna ao GNOME na versão 18.04
Além disto, poucas mudanças foram feitas nessa versão. Melhor desempenho em máquinas virtuais – modo “Unity Low Graphics”. Ubuntu Software (GNOME Software) – melhor integração com aplicações Snap.
Ubuntu 17.04 “Zesty Zapus”
Lançado em 13 de abril de 2017, essa versão veio com kernel 4.10 e Unity 7.5.
Esta versão foi a última versão da distribuição que veio, por padrão, com interface Unity 7. Mudando (antecipando), oficialmente, para o ambiente desktop GNOME no Ubuntu 17.10. Antes previsto somente para a versão 18.04 LTS.
Ubuntu Touch e Unity 8 não vão morrer – Comunidade UBports afirma que irá mantê-los vivos
Ubuntu encerra suporte ao Unity 8 e retorna ao GNOME na versão 18.04
Sem grandes novidades (claro, além das reviravoltas dos últimos dias), essa versão ficou marcado como um fim de era…
A versão 17.10, prevista para outubro de 2017, será a primeira versão do Ubuntu a vir, por padrão, com a interface do GNOME Shell (em substituição ao Unity), e a substituir o X11 pelo servidor gráfico Wayland (ao invés do Mir criado pela Canonical).