O Arch Linux segue o princípio KISS (Keep It Simple, Stupid – “mantenha simples, estúpido”). Ou seja, você começa com um sistema básico e progride conforme suas necessidades.
Isso é ideal para usuários que conhecem bem a estrutura do Linux e sabem o que precisam. Mas, para um novo usuário a situação é outra. Pois, instalar o Arch é “um pouco” trabalhoso, para a maioria das pessoas. Entretanto, diversas vantagens são oferecidas por conta desse princípio. Então, conheça 5 bons motivos para você começar a usar o Arch Linux.
CONTEXTUALIZANDO
O Arch Linux (ou apenas Arch) é uma distribuição desenvolvida de forma independente. Segundo o site oficial, ela tem como propósito geral ser uma distribuição versátil; cujo desenvolvimento é focado na simplicidade, minimalismo e no código elegante.
Por focar nisso, muitos usuários estranham o fato do Arch ser disponível, inicialmente, apenas na linha de comando (“tela preta”). Mesmo assim, possui diversos adeptos no mundo. Portanto, por conter características e princípios fundamentais da filosofia GNU – liberdade para usar, instalar e configurar como bem desejar – o Arch Linux,também, ganhou diversos trabalhos adeptos que se baseiam na sua arquitetura. Assim, tal como o Ubuntu Linux, existem também várias distribuições que derivam do Arch.
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Quando eu devo usar uma distribuição Linux Rolling Release ou Fixed Release?
O Arch Linux foi fundada por Judd Vinet, em meados de 2002, e é otimizada para processadores i686/x86-64. Além disso, o Arch Linux não possui versões (como o Ubuntu, por exemplo). Pois é, uma distribuição rolling release, ou seja, o sistema é atualizado continuamente. Você obterá acesso às novas versões simplesmente mantendo o sistema atualizado através do gerenciador de pacotes. Isso permite que o usuário tenha um sistema sempre atualizado e com novos pacotes.
Já em relação ao empacotamento de programas, por padrão, o Arch Linux tem como gerenciador de pacotes oficial a ferramenta pacman. Contudo, existe outro repositório mantido pelos próprios usuários do Arch Linux – o AUR (ArchLinux User-community Repository, ou “Repositório dos Usuários-Comunidade ArchLinux”).
É um repositório, não oficial, criado e mantido pelos próprios usuários do Arch Linux. Muitos deles criam seus próprios pacotes a partir do código fonte. Contudo, o repositório oficial do ArchLinux não contempla todos os pacotes criados no repositório AUR. Mesmo assim, muitos pacotes novos no Arch Linux começam no repositório AUR. Pois, os próprios usuários podem votar contra ou a favor dos pacotes; tornando-os populares o suficiente para serem movidos para o repositório oficial da comunidade 🙂
5 gerenciadores de pacotes AUR para Arch Linux
BONS MOTIVOS…
Que fique claro… o Arch Linux não é a melhor distro existente e talvez não seja útil para você. Meu intuito é apenas fazer com que possa enxergar as diversas possibilidades que o software livre nos proporciona:
Em dúvida para escolher sua distribuição Linux?
1 – Pela comunidade, para a comunidade
Um dos pontos fortes do Arch Linux é que é um projeto dirigido pela comunidade. Não precisa se preocupar com o mercado, clientes ou o que pode afetar seu desenvolvimento – e, consequentemente, poder alterar sua trajetória.
A página de doações diz, claramente: “O Arch Linux sobrevive por causa dos esforços incansáveis de muitas pessoas na comunidade e no círculo central de desenvolvimento. Nenhum de nós é pago pelo nosso trabalho, e nós não temos os fundos pessoais para sustentar os custos do servidor nós mesmos”.
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2 – O “maior” repositório de software
Além do repositório oficial de pacotes, gerenciado pela ferramenta pacman, o Arch Linux mantém um repositório, não oficial, criado e mantido pelos próprios usuários do Arch Linux – o o AUR (ArchLinux User-community Repository, ou “Repositório dos Usuários-Comunidade ArchLinux”).
É um repositório mantido pelo usuário que permite aos usuários “compilar” e instalar pacotes do fonte. Para facilitar o processo, existem ferramentas que não só compilam e instalam pacotes para você, mas buscam os pacotes desejados na AUR. Ao mesmo tempo, também é bastante fácil criar pacotes (usando PKGBUILD) para outros usuários para que qualquer um possa criá-los.
Os usuários podem votar em pacotes AUR, o que ajuda os usuários a instalar aqueles que são mais populares. Também ajuda os desenvolvedores, pois os pacotes populares possuem potencial para entrar nos repositórios oficiais 🙂
Se houver algum erro ou problema com pacotes AUR, você também verá os comentários de outros usuários no terminal. Você pode corrigir o problema e, assim, apenas editando o arquivo PKGBUILD.
Assim, o Arch é tida como a distribuição Linux onde os pacotes mais recentes chegam primeiro. Então, se você quer testar a última versão de qualquer software, então o Arch é para você 🙂
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3 – A documentação mais abrangente
Um dos maiores pontos fortes do Arch é sua a documentação. Houve um tempo em que a documentação do Ubuntu costumava ser de primeira qualidade, agora é a do Arch Linux.
O Arch Linux possui a wiki mais rica quando se trata de distribuições Linux, pois sempre se mantêm atualizada. O que torna a wiki do Arch diferente da “concorrência” é que não é específica do Arch. Ele fala sobre tecnologias em geral, então os usuários de distribuições diferentes também podem se beneficiar dela 🙂
4 – Quase todos os principais ambientes de desktop à sua disposição
Muitas distribuições GNU/Linux possuem ambiente de trabalho (DE) “específicos”. Por exemplo, o Ubuntu usa (usava) o shell Unity, por padrão. Assim, no Arch você pode ter Gnome, KDE, Cinnamon, Mate, Deepin e LXDE instalados no sistema; sem “quebrá-lo”.
5 – Uma vez “rolling release”, sempre atualizado
Com o Arch, você sempre está executando o pacote mais recente – seja o próprio kernel ou ambientes de desktop como Gnome. Você não precisa esperar pela distro para disponibilizar esses pacotes para você. Os usuários do Archos receberão assim que estiverem disponíveis.
No entanto, há apenas uma ressalva deste modelo ‘rolling’: as coisas podem “quebrar” se você estiver manipulando pacotes conflitantes, por exemplo. Mas, você não precisa se preocupar muito no risco de quebrar o sistema, pois existem ferramentas que restauram tudo se algo dê errado 🙂
Via | Consumeit