Debian é uma das distribuições Linux mais antigas e populares. A primeira vez anunciada, foi em 1993 por Ian Murdock (falecido em dezembro de 2015). Ele começou como um grupo pequeno de desenvolvedores de Software Livre e cresceu gradualmente para se tornar uma comunidade grande e bem organizada de desenvolvedores e usuários. Então, conheça 5 bons motivos para você começar a usar o Debian.
Contextualizando
Debian é uma das distribuições Linux mais antigas e populares existentes – considerada por muitos “a mãe de todas”. A primeira vez anunciada, foi em 1993 por Ian Murdock (falecido em dezembro de 2015). Ela começou como um grupo pequeno de desenvolvedores de Software Livre e cresceu gradualmente para se tornar uma comunidade grande e bem organizada de desenvolvedores e usuários.
Sua popularidade se deu devido a alguns números: atualmente, vem com mais de 50.500 pacotes (softwares pré-compilados e empacotados em um formato amigável, o que faz com que sejam de fácil instalação em sua máquina) e deu base para mais de 100 novas distribuições Linux (como o Ubuntu).
Sua versão estável (última Debian 9) é exaustivamente testada, o que o torna ideal para servidor (segurança e estabilidade). Além dessa versão, existem versões unstable e testing.
Bons motivos…
Que fique claro… o Debian não é a melhor distro existente e talvez não seja útil para você. Meu intuito é apenas fazer com que possa enxergar as diversas possibilidades que o software livre nos proporciona:
Em dúvida para escolher sua distribuição Linux?
1 – Pela comunidade, para a comunidade
Debian é um “Projeto”… fato! Enquanto a palavra pode parecer simples, no mundo Debian, a palavra mostra sua força. Pois, é um projeto mantido por seus próprios usuários e não há nenhuma obrigação comercial ou considerações para qualquer empresa ou estabelecimento comercial que, de qualquer forma, tente influenciar o desenvolvimento ou tenha voz no funcionamento do projeto.
E, isso, é diferente de muitas das outras distribuições que possuem apoio comercial, podendo influenciar no desenvolvimento. A implicação de ser um projeto, feito e mantido pela comunidade, representa que o que será desenvolvido não estará de acordo com as necessidades “de clientes” ou parceiros comerciais. Pelo contrário, por exemplo, mensagens enviadas às listas de discussão, frequentemente, são respondidas em 15 minutos (ou menos), por pessoas que desenvolvem o sistema.
E tudo isso é mantido desde o início e ao longo de seus 24 anos de existência (completados ontem)! Inclusive, em comemoração ao “seu aniversário”, a comunidade Debian realiza o DebianDay que vem com o objetivo de celebrar e compartilhar, para diversas cidades/países, ao redor do mundo o projeto e suas finalidades 🙂
2 – Livre… em todos os sentidos
O Projeto Debian criou um “Contrato Social” que designa um conjunto de compromissos públicos que a comunidade respeita em concordar. Inclusive, esse mesmo contrato foi adotado pela comunidade de software livre como base para a Definição Open Source.
Esse contrato garante que o Debian sempre permanecerá “livre”, em todos os sentidos.:
Nós prometemos que o sistema Debian e todos seus componentes serão livres de acordo com essas definições. Nós iremos fornecer suporte às pessoas que desenvolvem ou usam software livre e não-livre no Debian. Nós nunca faremos o sistema depender de um componente não-livre.
– via Social Contract
Além disso, o projeto garante que quando escreverem novos componentes do sistema Debian, os licenciará conforme as premissas do software livre. Visando que o software livre seja amplamente distribuído e utilizado. Tudo isso através de correções de bugs, aperfeiçoamentos, solicitações de usuários, etc.
Livre para compartilhar, até mesmo, os problemas… Assim, é mantido um banco de dados de relatório de bugs aberto para a visualização pública a qualquer momento. E se algumas pessoas precisarem usar softwares que não atendem à Definição Debian de Software Livre, a comunidade oferece uma contrapartida.
É mantido áreas contrib e non-free em seus repositórios para softwares “não-livres”. Os pacotes contidos nessas áreas não são parte do sistema Debian, embora tenham sido configurados para rodar no Debian. Assim, embora softwares “não-livres” não sejam considerados parte do Debian, é oferecido suporte à sua utilização.
Contrato Social Debian
3 – Incríveis quantidades de softwares
O arquivo de software Debian é enorme. O Debian vem com mais de 51000 programas diferentes e com suporte a mais de 17 arquiteturas de hardware, oficiais e não-oficiais (alpha, amd64, armel, hppa, i386, ia64, mips, mipsel, powerpc, s390, sparc e outras).
O Debian supera todas as outras distribuições no que se refere à qualidade de integração de seus pacotes. Já que todo software é empacotado por um grupo de profissionais capacitados. Além disso, possui “o melhor sistema de empacotamento do mundo“. O dpkg (pacotes .deb) é um robusto sistema de empacotamento do Debian que toma de conta de problemas como conflitos de dependências, por exemplo.
4 – Estabilidade e flexibilidade ao mesmo tempo
Há muitos casos de máquinas, com o Debian instalado, que operam por mais de um ano sem serem reiniciadas. Mesmo assim, elas só são reiniciadas por falta de energia ou para atualização de hardware. Sinal de muita estabilidade!
Embora a maioria das distribuições tenha um ciclo de liberação padrão (semestralmente, por exemplo), baseado em um tempo para lançamento, o Debian segue seu “próprio ritmo” para liberar suas versões. Trabalhando com ciclos marcantes para cada etapa evolutiva de liberação da nova versão. Por exemplo, a liberação de “point releases” entre cada versão “estável”… 8.1, 8.2 dá uma flexibilidade ao projeto. Pois, até a próxima versão estável, 9 “point releases” são liberadas, cada uma com atualizações e correções de erros 🙂
Os desenvolvedores do Debian empacotam os pacotes necessários para a distro, congelam (freeze cycle) esses pacotes em um ponto predeterminado e passam para a parte do teste do processo de desenvolvimento e examinam como esses pacotes funcionam contra o sistema para garantir a estabilidade. Para, assim, posteriormente, liberar a versão estável.
Isso dá ao Debian a oportunidade de liberar quando nenhum RC bug (Release-Critical) existir. O Debian dá bastante tempo de “congelamento” para que a maioria dos problemas críticos sejam resolvidos. Desta forma, o desenvolvedor ou voluntário saberia antecipadamente quais pacotes “problemáticos” ele precisa “cuidar” antes do lançamento final.
5 – Você não seria o único a usar
Uma gama de organizações e indivíduos utilizam o Debian ao redor do mundo; fora as mais de 100 novas distribuições Linux que surgiram a partir dela.
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Via | Why Debian | ItsFoss
Vou testar o i3wm no Debian. Testei antes no Ubuntu Server e gostei. Mas vamos no Debian. hehe