Depois do futuro do Ubuntu, após a descontinuidade do Unity 8 e Ubuntu Phone, com o GNOME, a Canonical passou a ‘ficar mais próxima’ da comunidade e compartilhar seus anseios e vontades para o próximo lançamento da distribuição – Ubuntu 17.10 ‘Artful Aardvark’.
Depois de confirmar que, através do Didier Roche, desenvolvedor da Canonical, o Ubuntu 17.10 virá com Wayland por padrão, deixando o Xorg como alternativa, o foco passou a ser “remodelar” o GNOME Shell conforme necessidades da Canonical e sugestões dos usuários; através de enquetes e formulários 🙂
Ubuntu Dock
“Big update today” – Didier Roche. Hoje foi informado que “o novo Ubuntu Dock” será instalado, por padrão, na sessão do Ubuntu 17.10!
Depois de participar do GUADEC 2017, evento anual da comunidade GNOME, Didier Roche se sentiu mais motivado e apoiado pela comunidade GNOME (que completou 20 anos, recentemente).
Ao longo de vários dias, Didier Roche vem mostrando as principais mudanças que, provavelmente, virão já na versão 17.10. E, hoje, após atualizações, ele informou que o novo Ubuntu Dock deve vir instalado e ativado na sessão default do Ubuntu 17.10 “Artful”. Onde, ele deixa claro que essa funcionalidade estará presente somente no “modo” GNOME Shell Ubuntu e não na versão upstream do GNOME.
“Note that of course, this is part of the GNOME Shell ubuntu mode and not enabled in the GNOME vanilla session.” – Didier Roche
Mas, ele também deixa claro que o Ubuntu Dock é um ‘light fork’ do ‘Dash to Dock’ com alguns ajustes.
De acordo com Didier Roche, o intuito, em oferecer o Ubuntu Dock default, é facilitar a migração dos usuários advindos do ‘Unity‘ para um GNOME Shell ‘puro’. Assim, a Canonical consegue entregar um “ambiente padrão” diferente das demais distribuições Linux; e ainda manter usuários familiarizados e confortáveis nessa transição 🙂
Por isso, focaram no Dash to Dock – extensão mais próxima ao antigo Unity. Daí o Ubuntu Dock, fork desse projeto, com algumas melhorias!
O que “há de novo” no Ubuntu Dock?
“We didn’t want to bring back the full Unity experience.” – Didier Roche
Basicamente, Ubuntu Dock é uma versão do Dash to Dock com padrões diferentes:
- A mudança menos visível, mas a mais importante, é provavelmente a identificação da extensão, para distinguir o dock do Dash to Dock do Ubuntu Dock;
- O dock é sempre visível por padrão, levando a altura total e espaços reduzidos entre os ícones, um pouco menos opacos do que o padrão;
- Tem uma largura fixa (não dependendo do número de aplicativos fixados ou em execução), e usa ‘pontos’ coloridos para denotar aplicativos em execução;
- Painel de configurações desativado e remanejados, algumas dessas configurações, para o GNOME Control Center;
- Mais mudanças em destaque AQUI com muito mais detalhes
Além disso, como a extensão está ativada no modo Shell do GNOME, ele não pode ser facilmente desabilitado pelo usuário. No entanto, se você instalar e habilitar o Dash to Dock, mesmo com o Ubuntu Dock em execução, o Ubuntu Dock desaparecerá para permitir que Dash to Dock assuma.
Por quê criar um fork?
It’s because we like to make our life difficult and complicated of course… 🙂 – Didier Roche
De acordo com Didier Roche, um dos principais motivos é porque esta extensão é instalada por padrão no Ubuntu. E, isso significa que ele precisa vir de um pacote, no main, do Ubuntu Archive. Portanto, precisa empacotá-lo primeiro.
Se a extensão mantivesse o mesmo ID da extensão do GNOME Shell Dash to Dock, isso significaria que qualquer usuário poderia atualizá-lo assim que uma nova versão dele saísse. Isso ignoraria todos os procedimentos de controle de qualidade e controle feitos pela Canonical.
Por fim, o próprio Didier sugere algumas reflexões à cerca dessas mudanças e como poderá ser a transição dos usuários nesse novo futuro do Ubuntu, sem Unity; Vale à leitura 🙂
Via | Didier Roche
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