Quando quem está iniciando descobre algumas vantagens do Linux, entre elas a diversidade, onde vários ambientes desktops estão disponíveis, por exemplo; ele tende a experimentá-los para, depois, escolher a que apresenta maior benefício – na maioria das vez a “leveza”.

Pelo bem ou pelo mal, descobre que a “preferida” nem sempre vem com o recurso “matador” que viu na outra. Muitas vezes, um mero detalhe, como a falta de ícones no desktop, desmotiva o interesse em continuar a usar. Quando isso ocorre, costumo dizer que não existe almoço grátis!

Escolhas

Você “nunca” terá o melhor dos dois mundos: a completude das interfaces robustas com a leveza das simples. E antes que a decepção tome conta de seus sonhos, saiba que a vida é feita de escolhas. E você terá de optar pelo meio termo que atenda as suas necessidades, se houver.

Quer um browser leve? Escolha um de 1 MB, que não permitirá acessar sua conta bancária ou assistir Streaming. Ou instale algo mais robusto que consumirá uma parcela considerável de sua memória RAM.

Quer um bom editor de imagem? Idem! Quer um excelente editor de texto? Ibidem! Dificilmente haverá uma opção intermediária, que calce suas mãos como uma luva.

E como descobrir aquela distro com “um quê” especial, aquela sacada que ninguém teve antes? Experimentando! Muna-se de paciência, tempo e vontade de descobrir. Pode ser até uma frankenstein, que mistura alho com bugalho e o resultado seja interessante.

Experimente

Não se iluda, que a busca não é fácil. Dá um trabalhão danado, mas vale a pena. E certamente “sua adoração” durará o espaço de alguns dias, quiçá semanas, até que “a mosquinha” da curiosidade o pique novamente e surja a hora do instala, desinstala, instala, desinstala, instala…

Esqueça o comando “free”, que lhe mostra a quantidade de memória usada e disponível. Poupe os fóruns com suas angústias, não se torture. Aceite que a RAM é para ser devorada sem dó nem piedade. E junto com a swap, o demônio torturador dos agonizantes de plantão, a suprema glória.

E o espaço em disco? O número de partições? O sistema de arquivos? O tempo de boot? Tudo besteira, tudo secundário. Instale, use, aprenda, envolva-se. Deixe o teclado fluir, aprenda sobre seu funcionamento, saboreie a novidade. Isso é o que importa.

Avante

O tempo em que o esfeniscídeo era para nerds e gênios escovadores de bits já passou, e não deixa nenhuma saudade. Precisamos de pessoas normais que não saibam recompilar o kernel, compilar um executável com, o famigerado, tar.gz, converter um rpm em deb com o alien.

E deixe o preconceito de lado. Se um aplicativo é bom, mesmo proprietário, use e pague por ele, nem que seja um valor simbólico, como faz no android. Ajudará os desenvolvedores viverem de seu trabalho – meta onde falhamos miseravelmente até os dias de hoje.

E nunca se esqueça de contribuir, com seu conhecimento, aqueles que sabem menos que você. Passe a frente o que recebeu de boa vontade, mesmo sabendo que não está no mais perfeito dos mundos.